Thursday, November 27, 2014

Afinal o facebook antes de o ser, já o era

Fotograma do Videopoema Rede, Teia, Labirinto 1985-1989 © E. M. de Melo e Castro. Reproduzido com permissão
Crónica no P3.

Sunday, November 23, 2014

Onde é que pára a política?

© Alexey Bednij 


José Sócrates foi detido. Se há suspeitas, investigações em curso, deve haver consequências. Cumpra-se a lei. Mas não é pelo ‘enxovalhamento’ que isto lá vai. E um país angustiado, pobre e sem auto-estima encontra rapidamente o seu bode expiatório catártico de barbaridades e bacoquices. Não, não é bem assim. A ‘res publica’ não é nenhum romance de ‘faca e alguidar’.
O que se subleva aqui: as suspeitas, o imaginário político de corrupção ao mais alto nível, na mais fina flor dos quadros públicos e políticos, a saturação deste jogo de sombras, desonestidade e falsos moralismos. Pergunta: haverá pior exemplo para o civismo de um país que uma classe política suspeita de corrupção, impune e com direito a horário nobre na televisão pública? Eu própria me vi confrontada com este constrangimento quando, um dia, numa aula, um aluno me perguntou: ‘Professora, se o Primeiro-Ministro fez o curso por encomenda ou nem isso, porque é que eu me hei-de esforçar?’. Não, a escola, a universidade, a educação formal em geral, não faz milagres. People see, people do.
A detenção de um ex-primeiro ministro em Portugal nos 40 anos de democracia deve levar um país a pensar sobre si próprio e não apenas sobre os seus políticos. Somos nós que os elegemos, são as nossas escolas e universidades que os formam, é a nossa sociedade e processos de meritocracia que lhes permitem chegar onde chegam. Somos todos e todas, não são eles e elas. Como é que cada um/a de nós contribui no seu dia-a-dia para a credibilidade do debate público e político?
Estudei em Coimbra, a academia mais politizada por excelência. Pela sua história. Ou já foi. E isso tem também que ver com o que vou dizer a seguir. Desculpem-me os/as que vou ofender: há muito que esse exemplo da história se esvaiu do imaginário político e cívico coimbrão. Salvo raras excepções, aquilo que vi no meu tempo de estudante, não foi mais do que juventudes disto e daquilo, secções disto e daquilo, a lutar por tachos. Pela parte que me toca, nunca me interessou a política pela simples razão de que esta é porca, feia e má. Por vezes mesmo um atentado à inteligência do cidadão comum. Basta analisar o nível do debate político, o nível de linguagem. É confrangedor. Qualquer close reading ao discurso político topa de longe a sua ‘embalagem’ demagógica. O que não significa, no entanto, que não tenhamos que ser políticos. De outro tipo. De outra forma. Há muitos exemplos também em Coimbra de boas práticas e por esse país fora. É um caminho.
Em suma, não adianta meter a política na ‘borda do prato’ porque diz respeito a todos e a todas. O facto de nos termos desinteressado, nós, geração pós-25 de Abril, é um sinal claro. Não, não éramos fúteis, nem a ‘geração rasca’. Apenas não nos revíamos não, na política em geral, mas nesta em particular, em que quase ninguém se revê hoje, de resto.
Será que o que se está a passar é uma mudança de paradigma político? Em último caso, é um alerta flagrante de que algo tem necessariamente que mudar. E depressa.

Thursday, November 13, 2014

We are all made of stars

Credit: ESA/Rosetta/Philae/ROLIS/DLR
Artigo sobre a Missão Rosetta, o Desconhecido e a Ciência, no P3.

Wednesday, November 5, 2014

Os novos-novos 80's

Back to the Future - Robert Zemeckis [1985]

Artigo sobre a geração Rubik no P3.