Friday, April 12, 2024


Descrição:
As Cartas Portuguesas (1669), atribuídas a Mariana Alcoforado, são uma das obras mais traduzidas, citadas, reescritas e adaptadas de sempre da história da cultura nacional.
Mais de trezentos e cinzenta anos volvidos, continuam estas cartas, a motivar reflexões e indagações de natureza vária, podendo ser lidas como um labirinto permanentemente por decifrar. Por um lado, porque convidam a uma leitura que, sendo da história, é sempre íntima e pessoal. Por outro, pela transversalidade dos temas aflorados: da condição humana e feminina à relação entre memória e património no Alentejo, passando pela dicotomia escrita confessional e escrita da história, literatura e autorrepresentação femininas, Mariana Alcoforado, a mulher e o convento, as Cartas Portuguesas e outras artes.
Como ponto de partida para esta conversa escolhi a metáfora matricial do fio de Ariadne, bem como o diálogo com o trabalho pioneiro de uma das estudiosas mais importantes do barroco literário português, Ana Hatherly.

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